Obcecado pelas características matemáticas, pictóricas e sistêmicas do alfabeto, eu vejo poesia. Encontro na caligrafia uma forma de transmitir minha insistente busca pela tênue interseção entre rigor e fluidez, forma e função, talento e disciplina, ética e estética, meio e mensagem, constrangimento e liberdade, desespero e cautela, real e abstrato, tempo e espaço, presença e distância, ruído e silêncio, razão e emoção, o universo e meu infinito interior.
Na arte, torno-me amigo íntimo de minhas dores e tento cuidar bem de mim mesmo.